Com a Turquia como país convidado e mais de 20 países presentes, a edição 2016 do tradicional encontro de empresas e instituições do setor de energias renováveis, realizada no fim de junho na cidade de Potsdam, na Alemanha, apresentou poucas novidades tecnológicas, mas refletiu claramente os acontecimentos políticos dos últimos 12 meses. Muito mais que uma feira de novidades, o evento segue afirmando-se com uma bolsa de cooperação, como prefere ser chamado.

Este ano, o Ministério do Meio Ambiente da Alemanha assumiu o patrocínio da Green Ventures e prometeu engajar-se mais fortemente nos anos seguintes. Mesmo com a grande participação numérica da Turquia, a situação de instabilidade política dificultou grandes projetos. Uma das novidades foi o ressurgimento da Argentina como parceiro comercial e a ausência de uma missão brasileira. Países do Leste Europeu, como Polônia e Ucrânia comparecerem em peso, tanto que o foco central do evento foi, seguindo a tradição, as conversas bilaterais de onde saíram novas oportunidades de negócios.

Aqueles que conhecem a dinâmica da Green Ventures, como a consultoria inglesa Europartnerships, que organiza cooperações com a América Latina ou a tunisiana ETEC, obtiveram ótimos resultados, como afirma Mark Dodsworth, da Europartnerships: “Nós conseguimos diversos contratos, parceiros regionais e internacionais para projetos de exportação e financiamento. Já participamos da Green Ventures há 12 anos e sempre valeu a pena”.

Francisco Simões Pires, da consultora gaúcha MASPLAM – Planejamento Ambiental, compartilha da mesma idéia: “estar presente a este evento anualmente é importantíssimo. Não somente para avaliar a situação ou fechar negócios, mas com a presença contínua crescem a confiança e o círculo de empresas e instituições com quem estamos em contato. Assim, conhecemos atalhos para ajudar nossos clientes no futuro”.

Com o recente anúncio do Banco Central Alemão de reduzir os juros a valores negativos, a tendência será de investidores alemães buscarem alternativas fora do país.