Com o crescente problema de escassez e contaminação de recursos hídricos, a preocupação com o manejo sustentável da água ganha cada vez mais relevância em todo o mundo. A criação da Lei das Águas (Lei n. 9.433/97) que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos e criou o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos impulsionou a conservação e preocupação com os recursos hídricos.

Áreas protegidas são de suma importância para a preservação dos recursos hídricos. A maioria das áreas são criadas para proteger espécies da fauna e flora terrestres, porém elas protegem ocasionalmente um número considerável de corpos d’águas, pois uma zona ripária bem conservada tem importante papel na proteção das nascentes e cursos d’água formadores de rios. Nascente é um dos elementos mais importantes do sistema hidrológico, promovendo a passagem da água subterrânea para a superfície.

Os trechos de corpos d’água, abrigados em unidades de conservação, apresentaram uma boa qualidade de água e demonstraram serem importantes mantenedoras das comunidades naturais. Os níveis de proteção a que se propõem as UC’s influenciam diretamente nas comunidades e são eficientes na manutenção da diversidade natural.

As nascentes marcam o início dos canais de drenagem e, assim, são responsáveis pela existência da porção dos recursos hídricos mais utilizada pela população, sobretudo nos trópicos úmidos: as águas superficiais.

A proteção de uma bacia de drenagem, ou parte dela, pode melhorar a sua funcionalidade como um todo. Isso determina de modo óbvio que o sistema hídrico reclama atenção constante, especialmente diante do desenvolvimento populacional e de atividades utilizadoras dos recursos hídricos.

O bom uso dos recursos hídricos é de fundamental importância para a preservação dos ecossistemas de água doce, e proporcionar a melhor qualidade da vida.

Sem dúvidas, diante deste cenário, o conhecimento dos recursos hídricos existentes nos município e na região é determinante para construir e efetivar uma política local de gerenciamento e conservação dos mesmos, e sem dúvidas, servir a política municipal ou regional de saneamento.

O desenvolvimento de plano municipal de saneamento e sua vinculação a planos regionais de saneamento estão intimamente vinculados aos Planos de Bacias, em especial na Região dos Campos de Cima da Serra onde os municípios constituem espaços ambientais integrantes de mais de uma bacia hidrográfica. Aliás, esta constitui a unidade de planejamento.

O mapeamento dos recursos hídricos é ferramenta decisiva para o planejamento ambiental municipal e seu desenvolvimento local, ou seja, instrumento para o desenvolvimento sustentável.