17 de Março de 2015
Cooperativas para impulsionar a revolução energética
A Autoridade de Supervisão Bancária alemã (BaFin) anunciou ontem (16/03) na cidade de Frankfurt incentivos fiscais para a formação das chamadas cooperativas energéticas como mais uma medida a fim de acelerar a transição para o uso de energias limpas.
Um método de financiamento cada vez popular na Alemanha é a criação de “cooperativas energéticas”, ou seja, a união de diversas operadoras, distribuidoras locais e iniciativas de cidadãos para a realização de grandes projetos como a construção de parques eólicos.
Até o momento, os chamados “projetos de energia cidadã” esbarravam em altas taxas por serem considerados movimentação de capital. Com a decisão da BaFin, mais pessoas poderão investir suas economias na expansão da rede geradora de energia limpa. Conforme o Secretário do Meio Ambiente do estado alemão de Baden-Württemberg, a decisão favorecerá a maior participação dos cidadãos comuns na revolução energética e fortalecerá projetos locais.
Francisco Simões Pires, diretor da MASPLAM – Planejamento Ambiental, analisa a decisão: “Todos ganham. O cidadão alemão, que é muito consciente de sua responsabilidade com o meio-ambiente, vê uma maneira de participar investindo seu dinheiro. Os operadores de projetos de energias renováveis se animam com a possibilidade de reativar projetos que estavam adormecidos. E o Estado alemão encontrou uma saída para não ter que injetar mais capital público na já cara transição energética. Fatores que também seriam muito bem-vindos em tempos de racionamento por aqui”.