15 de Fevereiro de 2015
Green Ventures 2015: Israel e as cidades do futuro
Nos dias 27, 28 e 29 de janeiro foi realizada em Leipzig, na Alemanha, a 18ª edição do Encontro Internacional de Teconologias Ambientais e Energias Renováveis Green Ventures, tendo como país-convidado Israel, pioneiro em diversas tecnologias alternativas.
Este ano, o tradicional evento, que geralmente ocorre em Potsdam, foi transferido para a cidade da Saxônia, aproveitando a realização das feiras de enregia renovável TerraTec e Enertec proporcionando um forum triplo para uma ampla discussão sobre novas tendências nas áreas de energia e tecnologia ambiental.
A maioria das palestras traçou um paralelo entre alternativas criadas na país-sede e no país-convidado. Como apontado pela porta-voz da Embaixada Israelense em Berlim, Adi Farjon, “ambos os países sofrem com falta de recursos naturais. No entanto, Israel transforma seus desertos inférteis em campos floridos e é pioneiro em novos campos da ciência e da tecnologia usando criatividade e inovação”.
O principal conceito trazido de Israel foi o da “cidade inteligente”. O principal exemplo, Tel Aviv, ganhadora do prêmio de “cidade mais inteligente” em 2014, passou por uma revolução tecnológica integrando a população em ações online para resolver problemas urbanísticos, estruturais e de meio-ambiente. Desde envolvimento dos cidadãos em decisões, passando pelo desafogo do tráfego e uso compartilhado de bicicletas, a cidade de 405.000 habitantes e somente 106 anos de história usa a tecnologia para melhorar a vida de seus cidadãos.
Francisco Simões Pires, Diretor da MASPLAM – Planejamento Ambiental, que atua em parceiria com a consultoria alemã ic2go, comparou a situação local: “a Alemanha tem pouco vento e pouco sol, mas é pioneira em energia solar e eólica; Israel tem todos os recursos naturais limitados e dá belos exemplos de como aproveitá-los. Aqui, com todo sol, vento e água, lutamos para pôr projetos de energia renovável em prática enquanto o país corre risco de apagão e racionamento, o que para nós constitui um contrassenso”.