24 de Dezembro de 2014
Planejamento Ambiental: Um Caminho Inevitável
No ano de 2014, o planejamento ambiental passou a ocupar lugar de cada vez mais destaque ao redor do Mundo, na medida em que países e empresas de grande importância priorizaram ações que visam à sustentabilidade ambiental. Ainda incipiente no Brasil, a tendência é de crescimento sem alternativas.
Alguns países de grande vulto para a economia mundial, mas em estágio subdesenvolvido em relação a políticas e práticas ambientais, Brasil, Índia e China pareciam, até pouco tempo atrás, imunes aos esforços e legislações severas que Europa e América Anglo-Saxônica desenvolviam progressivamente. No entanto, este ano que se despede trouxe algumas surpresas.
Se os EUA já tinham um compromisso com a redução das emissões de gás corbônico em 30% até 2030, a entrada da China no clube dos países comprometidos com o meio-ambiente representa uma mudança no cenário. Maior poluidor do mundo, o país comunista, que já vinha priorizando investimentos em energia verde, assumiu seu papel de liderança e anunciou um plano ambicioso de redução de seu fator de dióxido de carbono entre 40 e 45% até 2020.
Segundo o jornal alemão “die Zeit”, também o governo indiano foi repreendido formalmente pela justiça do país pela poluição “cada vez pior” na capital Nova Délhi. Da mesma forma, grandes empresas como Coca-Cola ou Walmart passaram a selecionar seus fornecedores com base em critérios de compromisso com o meio-ambiente.
Para Francisco Simões Pires, diretor da MASPLAM – Planejamento Ambiental, este é um caminho sem volta. “Fazemos um trabalho de conscientização, principalmente de municípios menores e empresas da região. No entanto, a introdução de fatores métricos com o índice Dow Jones Sustainability, legislações e acordos internacionais mostram que, em breve, o planejamento ambiental não sera mais uma opção, mas uma necessidade. Quem planejar desde agora, evitará altos custos de adequação no futuro.”, afirma o especialista gaúcho.