12 de Setembro de 2014
Restos de cigarro transformados em armazenadores de energia
Pesquisadores sul-coreanos informaram que foram capazes produzir um material supercondensador de energia a partir de filtros de cigarro usados, podendo transformar um problema ambiental em trunfo no armazenamento de energia.
As chamadas bitucas de cigarro, que costumam ser jogadas em qualquer lugar, sujando e poluindo, podem estar se transformando um recurso de alta tecnologia. Isso se deve à pesquisa do professor de Tecnologia Bioquímica da Universidade de Nacional de Seul, Jongheop Yi e sua equipe, que conseguiu transformar filtros de cigarro usados em um material poroso com alta capacidade de armazenamento de energia. Em testes, um supercondensador com eletrodos que utilizam o material de restos de cigarro foi capaz de armazenar mais energia que modelos tradicionais. Os resultados geraram uma nova possibilidade para a reciclagem dos resíduos de cigarro.
De acordo com a pesquisa de Yi, filtros de cigarro usados podem ser transformados em um material a base de carbono de alta performance para o armazenamento de energia através de um processo simples. O método usado foi a pirólise, uma transformaçao química que ocorre a altas temperaturas.
Geralmente, supercondensadores sao feitos à base de carbono, por ser uma elemento relativamente barato, de boa conduçao e vida útil.
No entanto, por serem porosos, os filtros de cigarros significam uma densidade de energia ainda maior, o que é uma qualidade essencial para carregar e descagar supercondensadores. Em testes, o novo material se mostrou superior inclusive a materiais como o grafeno e nanotubos.
Mundialmente, sao produzidos aproximadamente 6 trilhões de cigarros por ano, a maioria deles com filtro, que acabam sendo despejados no meio-ambiente. A descoberta dos pesquisadores coreanos pode ser significar uma alternativa para as baterias que conhecemos para celular, computador e até carros elétricos. Além disso, também poderiam ser usadas para o armazenamento de energia de aerogeradores.