04 de Julho de 2014
Green Ventures Traz Novas Tendências em Energias Renováveis
No momento em que a Alemanha discutia a aprovação de sua nova “Lei de Energias Renováveis”, participantes de mais de 30 países apresentavam soluções, projetos e serviços relacionados a tecnologia ambiental e energias renováveis na Green Ventures de Potsdam, um dos eventos de maior relevância na área. Novas tecnologias, reinvenção de modelos conhecidos e novas perspectivas foram o centro dos workshops, das palestras e, principalmente, das rodadas de discussões.
Um dos países que apresenta características similares às nossas, pela grande porcentagem de costa, Portugal destacou-se não somente pela grande quantidade de energia eólica gerada em terra (cerca de 20% do consumo do País), mas também pelo alto grau de desenvolvimento da tecnologia maremotriz, na qual a energia é gerada pela força das ondas. Diferentenmente, os alemães preferem desenvolver parques eólicos off-shore e estão em posição de destaque na tecnologia fotovoltaica.
Outro ponto de destaque este ano foi a forte presença de empresas de consultoria ambiental. Representantes de Espanha, Alemanha, México e Inglaterra somaram-se ao enviado da gaúcha MASPLAM – Planejamento ambiental, intercambiando conceitos e informações sobre as respectivas regiões e formas de conquistar esses mercados. O crescimento deve-se às dificuldades que as empresas têm em agir sozinhas em terras desconhecidas.
Um dos grandes momentos do evento foi a visita exclusiva ao novo aeroporto Berlim-Brandemburgo – ainda em construção – com a central pioneira do Grupo Total, que abastece ônibus e caminhões com hidrogênio limpo. O combustível gerado a partir de um parque eólico é um projeto conjunto de vários gigantes do meios automobilístico e de combustíveis fomentado pelo governo alemão.
Pelos bons contatos nascidos na Green Ventures, o diretor da MASPLAM- Planejamento Ambiental, Francisco Simões Pires, está confiante no potencial de novos negócios para a Região: “De um lado temos organizações que aprenderam a fazer o uso máximo de recursos em um espaço limitado como o europeu, do outro temos um potencial enorme a ser explorado por aqui. É uma questão de juntar o que cada um tem de melhor”.