A interferência humana e o uso intensivo dos recursos naturais estão levando ao esgotamento de diversos ecossistemas e consequentemente, as alterações no solo, ar, água, fauna e flora. Aquecimento global e mudanças climáticas radicais já são percebidas em todo o planeta. Toda a sociedade tem sua parcela de responsabilidade porque ainda não estamos educados para produzir de modo sustentável, consumir conscientemente e utilizar os recursos da natureza com equilíbrio e equidade. O Brasil tem uma das melhores legislações do mundo para defesa do meio ambiente, respaldadas na constituição federal e inúmeras leis complementares, resoluções, portarias, normativas, decretos, códigos, planos nacionais, estaduais e municipais e políticas públicas que buscam proteger o meio ambiente para reduzir ao mínimo as consequências de ações devastadoras que podem impactar negativamente no equilíbrio natural. O bem viver e a qualidade de vida no planeta passa sem dúvida alguma pelo planejamento ambiental, não só no âmbito das florestas, rios e biodiversidade, mas também pelo ordenamento urbano, saneamento básico, gestão de resíduos, planos diretores das cidades, planejamento do uso energético e principalmente repensar nossos hábitos de consumo. Planejamento ambiental não pode estar dissociado da gestão pública e privada e deve ser incorporado ao nosso modo de vida. Todo o cidadão tem o direito de uma vida plena e saudável, mas também tem o dever de aprender a cuidar melhor da nossa grande morada, nosso planeta Terra. Reduzir nossa “pegada ecológica” é uma das possibilidades. De uma forma geral todos nós consumimos o tempo todo recursos que vem da natureza e ao mesmo tempo produzimos resíduos (lixo) que formam “montanhas” de papel, plástico, vidros, metais e resíduos de toda a natureza.Quase esgotamos as fontes de energia sem pensar em um planejamento mínimo que possa garantir a sobrevivência de nossa espécie e das outras espécies no futuro. O poder públiconão é muito colaborativo, pois não nos acena com alguma estratégia sustentável para os desafios de um planeta com recursos finitos.Virou moda falar em “cidades inteligentes”, mas para que estes projetos se tornem realidade é fundamental o planejamento ambiental. Milhares de pessoas vivem espremidas em zonas urbanas degradadas, poluídas e contaminadas, mas que ao menor sinal de um “feriadão”, apenas deslocam as agruras ambientais em pretenso paraíso. Ser feliz por alguns dias ou algumas horas e depois voltar para a realidade. No caso das empresas e empreendimentos em geral o planejamento ambiental é uma questão de sobrevivência econômica e compromisso social. Para o cidadão pode ser o planejamento para uma vida melhor. “O indivíduo deve evitar atitudes que indicam contrassenso de posicionamento e comportamento”, afirma Francisco Simões Pires.